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Carbono zero em 2045: como Suécia e Finlândia planejam alcançar essa meta ambiciosa?

A meta mundial parece convergir para o carbono zero. Nos últimos 18 meses o desinvestimento global dos combustíveis fósseis dobrou com o comprometimento assumido por instituições e indivíduos que controlam quase US$ 6 trilhões em ativos.

A partir da análise feita pela agência Arabella Advisors, 688 instituições e 58.399 pessoas em 76 países já se comprometeram a cessar seus investimentos em combustíveis fósseis.

Além disso, compromissos globais dos setores público e privado reforçam ainda mais o apelo para uma transição de energia limpa.

Em novembro passado, governos de todo o mundo assinaram o acordo climático de Paris para tentar controlar suas emissões em busca do zero carbono. O acordo foi ratificado por 132 países, entre eles a Finlândia.

Porém, alguns países podem atingir seu objetivo de se tornar neutro em termos de carbono ainda mais cedo do que as estimativas do acordo.

Rumo ao carbono zero

É o caso da Finlândia, que segundo o seu ministro do Meio Ambiente, Kimmo Tiilikainen, o governo pode cumprir a meta de emissões zero carbono em 2045, significando que o país teria um quarto de século para atingir seu objetivo depois que as medidas específicas do Acordo de Paris começassem em 2020.

carbono zero
O telhado de um prédio no bairro Suvilahti, em Helsinque, coberto com 1194 painéis solares. Ao fundo, o antigo gasômetro pode ser visto. Foto: Helen.

“Os países nórdicos poderiam desenvolver sua neutralidade de carbono juntos”,e  “a Suécia tem um calendário semelhante”, diz o ministro.

Para ser específico, a neutralidade do carbono não significa zero emissões, mas sim, reduzir as emissões de CO2 para que sejam absorvidas pelas abundantes florestas naturais do país.

A Suécia anunciou uma nova lei climática, que deve entrar em vigor até 1 de janeiro de 2018. O país está visando uma redução de 85% das emissões dos níveis de 1990 até 2045.

Qualquer poluição restante deve ser compensada com o investimento em projetos verdes no exterior. Estas ações já ocorrem com frequência, em parcerias firmadas por quase todos países nórdicos com países da África, América Latina e Caribe. Aplicando os princípios do mercado de carbono mundial.

O foco das políticas suecas será o setor dos transportes, dando subsídios aos automóveis elétricos e aos biocombustíveis.

“A Suécia será um dos primeiros países desenvolvidos livres de fósseis do mundo”, disse Stefan Lofven, primeiro ministro do país.

Outro país que tomou medidas contra as emissões de carbono é a Irlanda, que acaba de aprovar uma lei que vai tornar o país o primeiro a zerar todos os seus investimentos, diretos e indiretos, em combustíveis fósseis. A medida deve impulsionar seu mercado rapidamente para um futuro neutro em carbono.

Conteúdo baseado no texto original do ciclovivo.org