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ESG: as três palavras mágicas que estão dominando o mercado de investimentos

Critérios ambientais, sociais e de governança ou ESG – sigla em inglês que ficou internacionalmente conhecida – estão sendo cada vez mais associados por gestores de investimento e reguladores a negócios sólidos, apresentando menos riscos ao clima e à sustentabilidade do planeta, e assim vem ganhando força e chamando a atenção do mercado.

O aumento desse interesse chegou ao ponto de a MSCI, principal empresa de análise do mercado financeiro, declarar que os índices ESG estão se tornando mais relevantes que os tradicionais.

O impacto dessa tendência já começa a ser sentido em números e na movimentação do mercado. Ainda mais quando os números reforçam o argumento, de acordo com o novo relatório da Moody’s Investor Services, a demanda por investimentos ESG exprime um movimento duradouro e com grande potencial de crescimento, podendo chegar a representar mais da metade de todo o mercado de gestão de ativos.

Segundo a pesquisa, o mercado potencial para os investimentos ESG é de 89 trilhões de dólares, que é o total de ativos atualmente administrados pelos signatários dos Princípios para Investimentos Responsáveis (PRI) da ONU. 

Em paralelo, até a maior gestora de ativos do mundo, a Blackrock, anunciou a mudança de posicionamento da empresa, que passou a considerar a sustentabilidade como principal fator em suas estratégias de investimentos. Um grande passo. A maior gestora de ativos pode influenciar todo mercado quando seus objetivos e metas são estabelecidos com base neste tripé.

Sustentabilidade ao centro

Diante desse cenário, o tema sustentabilidade foi pela primeira vez um dos mais discutidos no Fórum Econômico Mundial em Davos, realizado em Janeiro. E vale lembrar, pré-pandemia.

Assuntos relacionados às questões climáticas, como desmatamento e fontes limpas de energia, estavam entre as maiores preocupações dos participantes e pautaram diversos encontros na programação oficial do evento, que chamou atenção pelo destaque ao tema meio ambiente e reforçou ainda mais o crescimento do interesse por investimentos ESG.

A importância dada aos riscos climáticos pelos empresários e governantes que estiveram no encontro foi um verdadeiro exemplo, principalmente ao Brasil, do impacto que as políticas verdes tem em diversos setores da economia, como reitera a matéria de Gabriel Kohlmann para o Estadão.

O Brasil e os investimentos ESG

Enquanto muitos países já estão dedicados a fortalecer boas práticas ambientais e sociais nos negócios há alguns anos, empresas e investidores brasileiros finalmente começam a caminhar na mesma direção.

A criação de um conselho no Brasil pela Global Reporting Initiative (GRI), importante organização internacional que desenvolve padrões para relatórios de sustentabilidade, confirma que o país está despertando para a questão e incentiva a evolução dos investimentos ESG por aqui.

Inquestionavelmente, a preocupação com as mudanças climáticas começa a dominar o mundo dos investimentos e para a sociedade essa relação não poderia ser mais benéfica: ganha o meio ambiente, ganham as empresas que se dedicam a adotar práticas mais humanas e sustentáveis e ganham as pessoas que são favorecidas por essas práticas.

Comentários

Para contextualizar, o texto foi escrito e publicado inicialmente pela biofílica, em um momento pré-pandemia. O texto trouxe uma visão do que 2020 seria mesmo sem uma eminente crise que nos afetaria por longos meses. O mais importante em repostar o texto é que o tema ESG não foi fortalecido durante a pandemia, mas ganhou espaço e múltiplas vozes para a sua disseminação.

Em especial no Brasil, por nossas sérias deficiências em combater o desmatamento, além da falta de estrutura e organização para alcançar maiores objetivos na área ambiental, o ESG não só é uma alternativa, ele é uma solução alcançável. Nós temos o problema e a solução. Não há registros na história recente de um movimento tão intenso de organizações com peso e influência necessárias para alterar os rumos do desenvolvimento. Dessa vez, não podemos ficar para trás.

Conteúdo original biofilica.com.br. Comentários de Lucas de Assis. Para mais informações, dúvidas e sugestões de conteúdo, entre em contato conosco.