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Pacto Global lança publicações para empresas brasileiras cumprir metas da ONU e combater corrupção

Em São Paulo, a Rede Brasil do Pacto Global lançou no último dia 16, um guia para orientar empresas a cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. Em fórum que reuniu cerca de 400 representantes do setor privado, a iniciativa também divulgou publicações sobre combate à corrupção e sobre o engajamento do setor elétrico na promoção da sustentabilidade.

“Somos uma das maiores iniciativas de cidadania corporativa no mundo. O Pacto no Brasil começou com a participação de 28 empresas e hoje conta com 751 signatários, a terceira maior rede (nacional)”, afirmou a presidente do Pacto Global, Denise Hills, na abertura do evento. Neste ano, o fórum celebra os 15 anos da aliança nacional de empresas em prol da sustentabilidade.

“As empresas representam uma grande parte da nossa sociedade e, por isso, precisam fazer parte do movimento em busca de uma sociedade melhor para todos, sem que ninguém fique para trás”, completou a executiva.

O manual sobre “Estratégia ODS nas Empresas: Soluções e Oportunidades” foi elaborado pela Rede Brasil do Pacto Global com a consultoria Global Reporting Initiative (GRI). Segundo o analista e CEO da companhia, Tim Mohin, o documento traz “ações muito factíveis, que você consegue realmente se ver fazendo na sua companhia hoje”.

O especialista explicou que “muitas dessas metas haviam sido escritas para nações, e não para empresas”. Mas “as empresas são essenciais para a conquista dos ODS”, ressaltou Mohin.

O chefe da consultoria defendeu ainda que é preciso ir além do “gueto da sustentabilidade”.

“Atingimos um ponto de virada”, afirmou. “Antes, lutávamos com as empresas para que fizessem a coisa certa. Hoje, elas competem entre si para ser a mais verde, a mais responsável. É uma jornada (ainda), mas já chegamos muito longe em muito pouco tempo.”

Também presente, o diretor das Redes Locais Américas do Pacto Global, Javier Cortés, enfatizou que “não podemos ser um clube”. “Temos que divulgar apropriadamente essa agenda, torná-la relevante e visível”, defendeu.

Para o palestrante, as companhias que se alinharem aos ODS estarão em melhor posição para gerar mais lucro em médio e longo prazo.

O fórum contou ainda com o lançamento em português do primeiro documento que atribui estatísticas aos ODS. A publicação foi fruto de mais uma parceria entre o Pacto Global e a GRI, tendo a participação também da PwC. O documento mostra como as empresas podem reportar e monitorar dados referentes a cada um dos objetivos. Acesse o material clicando aqui.

Corrupção

No painel “Combate à corrupção”, foi lançado um guia inédito, feito pelo Pacto Global com o apoio das próprias construtoras envolvidas em casos de corrupção. Publicação visa evitar que situações como estas, vivenciadas recentemente, voltem a ocorrer na construção civil. São apresentados 13 possíveis cenários e, para cada um deles, o guia traz os comportamentos que devem ser seguidos.

Acesse o guia clicando aqui.

Energia sustentável

No fórum, parceiros do Pacto Global também divulgaram um estudo sobre a adesão das empresas elétricas brasileiras aos ODS. Conduzida por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), pesquisa apontou que 50% das companhias avaliadas ainda não consideram as metas da ONU como referência para a estruturação ou revisão da estratégia e gestão de seus negócios.

Acesse o relatório clicando aqui.

Igualdade de gênero e raça no Brasil Pacto Global

No painel sobre empoderamento feminino, a jornalista e escritora Eliane Brum apresentou um panorama da realidade da mulher brasileira, chamando atenção para casos de violência de gênero.

Também presente, a especialista da ONU Mulheres, Adriana Carvalho, mostrou que o Brasil ocupa o quinto lugar no ranking mundial de assassinatos de mulheres. No país, apenas 10% ocupam cargos na política. A representante do organismo das Nações Unidas gerencia a inciativa Princípios de Empoderamento das Mulheres, conhecidos pela sigla em inglês WEPs. Estratégia orienta empresas a combater as desigualdades de gênero dentro de seus quadros de funcionários.

O debate “70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos: o papel das empresas” teve a presença da executiva Rachel Maia e da advogada transexual Márcia Rocha, que ressaltaram a invisibilidade da mulher negra nas empresas, principalmente nos cargos executivos.

Conteúdo original naçõesunida.org. Saiba mais sobre os ODS 7, 9 e 12  ou entre em contato conosco para mais informações.