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Para entender o Acordo de Paris e a precificação de carbono

O Acordo de Paris, assinado em dezembro de 2015, mudou o discurso da agenda climática trazendo a necessidade de aumento da ambição em relação às metas de redução das emissões e de uma participação muito maior da sociedade, abrangendo cada vez mais os governos subnacionais (isto é, incluindo iniciativas de cidades e regiões) e com a participação inexorável do setor empresarial.

Para evitar atingir o nível de aquecimento global que trará colapso do sistema climático global é preciso um processo de descarbonização em nível planetário. Países, empresas, pessoas: todos contam. Como é possível incentivarmos a redução das emissões dado posicionamentos políticos pouco promissores em relação à emergência climática?

A precificação de carbono é um desses incentivos. Trata-se basicamente de um mecanismo que permite colocar um valor monetário nas emissões de gases de efeito estufa (GEE). É uma maneira de sinalizar a importância de se considerar as emissões de produtos e serviços que escolhemos para, por exemplo, atender nossas necessidades no dia-a-dia, fornecer insumos para empresas e “limpar” os investimentos de um país.

Ao estabelecer um valor para as emissões, elas passam a ser consideradas como uma externalidade que precisa ser internalizada. Ou seja, coloca-se um preço para atender os custos sociais e ambientais das emissões, e faz com que as pessoas, empresas e governos busquem opções menos ambientalmente nocivas, diminuindo as emissões e o aquecimento como um todo.

Em um cenário de urgência como este em que vivemos, iniciativas eficazes e que não dependem de uma resolução governamental, como é o exemplo da precificação, podem ser uma solução. Para isso, é necessário avançar no debate sobre o Artigo 6 do Acordo de Paris, que cria um mercado de carbono global e permite que empresas e governos invistam em inovação para combater não só às mudanças climáticas, mas problemas sociais que contribuem diretamente para o aquecimento global.

A precificação de carbono é uma “necessidade coletiva para avançar a agenda climática”, nas palavras de Dominic Waughray, chefe de parcerias público-privadas do Fórum Econômico Mundial. Ela nos permite dar direcionamento em escala para apressar a redução de uso de alternativas carbono-intensivas. E ela já é adotada, voluntariamente, por milhares de empresas (e alguns governos já) no mundo todo, incluindo o Brasil.

O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), em parceria com o CDP Latin America e apoio do WWF-Brasil, consolidou boas iniciativas de empresas que atuam no Brasil no que tange a contribuição delas em relação à emergência climática, incluindo os modelos de precificação de carbono adotados por algumas delas. Conheça mais na publicação disponível on-line: “Como as empresas vêm contribuindo com o Acordo de Paris” (link).

Conteúdo original cebds.org. Para mais informações, dúvidas e sugestões de temas, entre em contato conosco.