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Carro na garagem, pegue a bike e ame a cidade

E se o carro fosse, ao contrário da bicicleta, nosso item de fim de semana. E se a bicicleta fosse nosso principal meio de transporte no dia a dia? E se parássemos num terminal, entrássemos num ônibus integrado ou metrô e chegássemos ao trabalho em 30, 40 minutos? E com uma observação, sem trânsitos!

Essa é uma das possíveis soluções, e que muitos já utilizam para driblar o caos em que vivemos hoje.

E isso não problema apenas nas grandes cidades, as pequenas já demonstram tendências preocupantes, com trânsitos caóticos em seus centros urbanos. A causa? Não há estrutura em nenhuma dessas cidades para comportar um carro por habitante, ou por dois, ou três.

carro em casa use bicicleta
Berlin é a cidade com maior extensão de suas ciclovias, com um total 750 quilômetros faixas exclusivas para as bicicletas.

Voltemos para as soluções. E antes de começar, vale ressaltar que essas soluções não são apenas para os grandes centros, mas para todas as cidades. Não se deve esperar a metrópole mudar, nos apresentar tendências de mudança, para que só depois possamos copiá-las.

Menos carro (s), mais cidades inteligentes

Já imaginou, no centro da sua cidade, um fluxo de carros praticamente nulo? Sim, igual a zero. E no lugar deles, bicicletas, bicicletários, estações de empréstimo. E para chegar a tudo isso, uma malha de ônibus eficiente e abrangente, com integração, estações inteligentes e terminais regionais espalhados pela cidade, e que possam fazer a junção dos diferentes meios de transporte por toda região concentradora de população? Os resultados trariam inúmeros benefícios, não só na qualidade de vida, mas na qualidade da cidade.

Pedalar na cidade é observar suas pequenas mudanças, conhecer seus mínimos detalhes, sentir a liberdade de pedalar e de interagir com quem compartilha com você.

O carro não deve ser esquecido, mas poderíamos usa-lo de uma forma mais inteligente. Aos fins de semana, num passeio, numa longa viagem, ao visitar os familiares distantes, por exemplo.

Os grandes centros, como São Paulo, já usam idéias como esta, em parcerias com bancos (estações de empréstimo para clientes) ou até mesmo com estações publicas de empréstimo. Ciclovias com extensões quilométricas e ônibus quase a todo minuto. Mas sabemos que mudar o transporte de São Paulo será bem mais complicado do que uma cidade do interior, a escala é gigantesca, o processo é mais lento, mas não é impossível, nem uma loucura, como muitos dizem.

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BRT (Bus Rapid Transit) no rio, principal transporte a ser usado nas Olimpíadas, promete ser um sinônimo de eficiência na cidade.

Não menospreze a grandeza de se caminhar (ou pedalar)

Priorizar a bicicleta não é empobrecer ninguém, é enriquecer a cidade, a população. Priorizar o transporte em massa é facilitar os trajetos, reduzir o tempo de viagem, os gastos. E tornar a cidade acessível pra todos.

Autorreflexão e a nossa missão enquanto individuo

A ideia aqui não é detalhar, mas abrir espaço para reflexão de nossas escolhas, mostrar como o transporte urbano hoje em dia anda muito individual, que os problemas são reflexos das nossas escolhas, que refletem nas escolhas dos nossos gestores públicos.

Não há problema que não possa ser resolvido. Então, se você concorda que algo deve mudar, comece hoje mesmo. Use o carro para viagens, passeio aos fins de semana, evite o estresse, aumente a sua qualidade de vida, e priorize o coletivo. Se for sair pela cidade, vá de bike, vá de ônibus. Se a sua cidade não tem bons indicadores, cobre investimentos e mudanças. Lembre-se, a cidade é o nosso reflexo.